Para mudar esse quadro, de simetria com a entidade empresarial, três pilares são fundamentais: a redução de dispêndio do crédito bancário e a ampliação de seu ingressão; o aprimoramento do crédito não bancário; e o aprimoramento das políticas de crédito público ou incentivado. Essas medidas estão no documento Financiamento: Base do desenvolvimento, entregue pela confederação industrial aos pré-candidatos à Presidência da República.
O foco das ações recomendadas são as indústrias,
principalmente as de pequeno e médio porte, que tipicamente têm ingressão mais restrito
ao crédito. Segundo o Banco Meão (BC), em dezembro de 2020, as micro e
pequenas empresas respondiam unicamente por 18% das carteiras de crédito de
instituições financeiras, enquanto as de médio porte representavam 24%. As
grandes, por sua vez, eram responsáveis por 58% do crédito tomado.
“Devido a problemas de assimetrias de informação e a menor
capacidade de prover garantias, essas empresas enfrentam maiores dificuldades
quando buscam capital de terceiros para financiar suas atividades. É
fundamental identificar onde estão os principais gargalos e propor medidas para
superá-los, de forma a ampliar o financiamento, que é tão necessário para o
desenvolvimento econômico do Brasil”, explica Mário Sérgio Telles, gerente-executivo
de Economia da CNI.